terça-feira, 29 de maio de 2018

podia ser assim: a tua mão a descer pelo meu corpo sossegado da insónia. a decompor-me em significados. do poema a pensar-te. e partir-te a vontade de partir.

é o rio, é a luz. é o oceano, que não chega à profundidade dos teus olhos. é o teu reflexo onde a respiração nos é mais fácil. é o arrastar da memória pelos dias, onde mergulho em ti. é o alongar até ao maior milímetro possível da raiz de toda a saudade, o ciclo que se encerra em estilhaços de vidro.

podia ser o poema dos teus braços, que eu deixo ir
que voltam sempre.

[se me chamares eu vou. eu vou. vou.]




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