disse-te: tudo é assim, nos cheiros que são sombras quando a ausência rima no final do dia e o sorriso adormece a querer ser poema.
é verdade: guardo a tristeza nas horas voláteis da pele adormecida em sorrisos tímidos e palavras prenhes de silêncios anónimos.
demoro: entre a fraqueza dos dias a descer pelas margens da ternura, o riso aprendido entre a fala e a importância dos dedos.
[os corpos despidos da razão a fugir pela porta do fundo do coração - demoro entre duas memórias que não sabem digerir a leveza do amor.]
abraça-me, por favor
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
não me peças para explicar que há um caminho e também uma espera - depois das horas, antes do tempo. não vou explicar
[ por favor, não me peças para explicar]
que te (re)conheco no mundo que acontece dentro dos versos. em que a distância entre as palavras é lavrada na pele das mãos - tu sabias - e disseste-me- os ecos deitam-se nos cantos e acontecem em simultâneo.
[a noite é um país habitado onde se desenham lugares menos solitários, onde se prolonga a inquietação para além do azul]
e eu sei que as minhas mãos deveriam adormecer nas tuas, no fim de todas as coisas, no fim de todos os gestos.
[ por favor, não me peças para explicar]
que te (re)conheco no mundo que acontece dentro dos versos. em que a distância entre as palavras é lavrada na pele das mãos - tu sabias - e disseste-me- os ecos deitam-se nos cantos e acontecem em simultâneo.
[a noite é um país habitado onde se desenham lugares menos solitários, onde se prolonga a inquietação para além do azul]
e eu sei que as minhas mãos deveriam adormecer nas tuas, no fim de todas as coisas, no fim de todos os gestos.
quarta-feira, 15 de novembro de 2017
terça-feira, 14 de novembro de 2017
enraizar a espera do calor dum corpo inteiro, que cresce em direcção à tua ausência. todos os meus, todos os teus sonhos. é a vida a escoar-se pelos poros da pele, e eu sem mãos para a conseguir agarrar. tenho o teu nome. tenho o teu nome e as histórias marcadas pelo silêncio na respiração. o silêncio que me rasga com unhas famintas, quando não estás.
e me deixa suspensa entre um espaço e uma virgula.
e me deixa suspensa entre um espaço e uma virgula.
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