sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

há uma vertigem nos amanheceres onde os poemas nascem das esperas entre a noite das palavras.

vou amar-te para sempre, disse(-te), vou escrever(-te) cada vez que as marés me invadirem neste lugar de todos os dias, e a dor se tornar saliente dentro do sangue que coagula nas linhas das mãos.

há restos de ti nas palavras que me povoam, nas mãos que fragmentam a realidade da vida intermitente, no desejo a flutuar nos sorrisos. a preencher o recomeço do mundo com a respiração na pele.


nowhere is [also] a place [in people's heart]



estica-te. dá o máximo de ti. a vida faz de ti um elástico sem fim.


quinta-feira, 30 de novembro de 2017

mora um silêncio dentro de mim, onde habita o sonho e o pesadelo, as marés e os ventos. disse-to, com os olhos a fecharem-se, que naufragava sempre que arriscava o fundo, no abismo dos teus lábios. para além do que é não saber, a tentação em queda livre.
demora-se muito tempo este aprender de silêncios, a permanência de paisagens devastadas por um corpo.

[era o tempo dos dedos entrelaçados e das lágrimas, que se oferecem quando os corpos permanecem num só]

eu sei, eu sei que um dia hei-de escrever poemas na tua pele,

[mas talvez te peça emprestadas as palavras, de memória e ternura]

 para que regresse sempre a quem sou.


Bruno Béu in "Casa", ed. do lado esquerdo.



"Leonor and I??? Sorry, Vulcans never kiss and tell."

amores perfeitos querem-se à mão de semear