há uma vertigem nos amanheceres onde os poemas nascem das esperas entre a noite das palavras.
vou amar-te para sempre, disse(-te), vou escrever(-te) cada vez que as marés me invadirem neste lugar de todos os dias, e a dor se tornar saliente dentro do sangue que coagula nas linhas das mãos.
há restos de ti nas palavras que me povoam, nas mãos que fragmentam a realidade da vida intermitente, no desejo a flutuar nos sorrisos. a preencher o recomeço do mundo com a respiração na pele.
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
mora um silêncio dentro de mim, onde habita o sonho e o pesadelo, as marés e os ventos. disse-to, com os olhos a fecharem-se, que naufragava sempre que arriscava o fundo, no abismo dos teus lábios. para além do que é não saber, a tentação em queda livre.
demora-se muito tempo este aprender de silêncios, a permanência de paisagens devastadas por um corpo.
[era o tempo dos dedos entrelaçados e das lágrimas, que se oferecem quando os corpos permanecem num só]
eu sei, eu sei que um dia hei-de escrever poemas na tua pele,
[mas talvez te peça emprestadas as palavras, de memória e ternura]
para que regresse sempre a quem sou.
demora-se muito tempo este aprender de silêncios, a permanência de paisagens devastadas por um corpo.
[era o tempo dos dedos entrelaçados e das lágrimas, que se oferecem quando os corpos permanecem num só]
eu sei, eu sei que um dia hei-de escrever poemas na tua pele,
[mas talvez te peça emprestadas as palavras, de memória e ternura]
para que regresse sempre a quem sou.
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