sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

há que manter o equilíbrio no tempo que percorremos, cheio de declives
onde a dor fica como marca de silêncio na respiração

[ fazer da memória e da ternura - imensas - porto de abrigo ]

preciso disto. de mãos que amarfanham o caos do meu lado esquerdo. do corpo dum poema a preto e branco.

[desfazem-se os beijos
em monossílabos inclinados de asas rasgadas]

é aí que morrem os dias.
em sonhos de voos rasantes
nas margens costuradas em pontos apertados
- os abraços -

e eu
só quero
ficar
perto

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