sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

sabes,
estremeces-me as palavras quando ritualizo no silêncio da boca, o alfabeto de quem mora do outro lado do amor; do amor

[timidamente]

entrelaçado por dentro das veias.,

tenho
tanto para o que não sabemos dizer, do que se escreve em cinza e no silêncio dum mar adentro da memória, em palavras que esvoaçam nas realidades frágeis.

amo-te
com o desassossego do que se respira no coração dos pássaros, entre a procura e a surpresa, onde me encontra quem me quer saber.

sabes,
dou-te de nome ao sonho, quando tudo o que eu quero é abrigar toda ternura

[escondida]

nas mãos sonâmbulas de te esperar.

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