sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

o corpo e a forma do poema. intenso como só o desejo recortado na minha pele.

{este amor em forma liquida, na travessia do tempo onde se geram os ritmos}

os teus gestos, no meu corpo entrelaçados, a minha língua que se escreve na tua pele.

{este avesso das palavras, na escuta das tuas mãos que desenham o côncavo do meu corpo}

perco os olhos nos movimentos de ida e volta, enquanto murmuro nos poros da tua pele, com o entardecer dos meus lábios

{ _ as mãos desassossegadas, butterflies a sussurrarem-me o ventre_}

a linha da anca onde mergulha o quente dos teus dedos.
é este amor táctil, em que me lembro de ti em mim, onde se libertam as imagens nos dedos

{memórias em forma repeat que me encerram as mãos}

abracei-te no meu colo

{as tuas mãos mergulhadas nas minhas]}

onde me sinto pequenina, na sombra dos meus cabelos. a fazer planos, desencontrados. na intensidade do momento.

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